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Marlene Dietrich: De Berlim a Hollywood

Marlene Dietrich

Marlene Dietrich, nascida Marie Magdalene Dietrich em 27 de dezembro de 1901, em Berlim, Alemanha, é uma das figuras mais icônicas da história do cinema. 

Sua trajetória de Berlim a Hollywood é marcada por transformações notáveis, desafios significativos e um legado duradouro que transcende as fronteiras do tempo e do espaço.

Marlene Dietrich

Marlene Dietrich – Primeiros Anos em Berlim

Marlene Dietrich cresceu em uma família de classe média-alta em Berlim. Seu pai, Louis Erich Otto Dietrich, era um tenente de polícia, e sua mãe, Wilhelmina Elisabeth Josephine, vinha de uma família rica e bem relacionada. Após a morte precoce de seu pai, Marlene foi criada principalmente por sua mãe e por sua avó.

Desde cedo, Dietrich demonstrou talento e interesse pelas artes. Estudou violino, mas uma lesão no pulso interrompeu suas aspirações musicais. 

Ela então voltou sua atenção para a atuação e, em 1922, ingressou na Max Reinhardt’s Drama School em Berlim, uma das instituições mais prestigiosas para atores na época. A partir daí, ela começou a trabalhar no teatro e no cinema mudo alemão.

Marlene Dietrich – Ascensão ao Estrelato: “O Anjo Azul”

A grande virada na carreira de Dietrich veio em 1930, quando foi escolhida pelo diretor Josef von Sternberg para o papel de Lola-Lola no filme “O Anjo Azul” (Der Blaue Engel). O filme, baseado no romance “Professor Unrat” de Heinrich Mann, narra a história de um professor que se apaixona por uma cantora de cabaré. 

A performance de Dietrich como a sedutora e enigmática Lola-Lola foi um sucesso estrondoso e a catapultou ao estrelato internacional.

“O Anjo Azul” não só consolidou Dietrich como uma estrela na Alemanha, mas também chamou a atenção de Hollywood. 

Seu estilo único, uma combinação de sensualidade, inteligência e uma aura de mistério, se tornou sua marca registrada. Sua voz rouca e a interpretação da canção “Falling in Love Again” se tornaram emblemáticas.

Marlene Dietrich – Chegada a Hollywood

Após o sucesso de “O Anjo Azul”, Dietrich assinou um contrato com a Paramount Pictures e se mudou para Hollywood, onde continuou a colaborar com Josef von Sternberg. 

Juntos, eles fizeram uma série de filmes que se tornaram clássicos, incluindo “Marrocos” (1930), “O Expresso de Xangai” (1932) e “A Vênus Loira” (1932). Esses filmes solidificaram sua imagem como a femme fatale do cinema americano.

A parceria com von Sternberg foi uma das mais prolíficas e criativas de Hollywood. Ele a ajudou a moldar sua imagem cinematográfica, utilizando iluminação e cenários elaborados para destacar sua beleza e carisma. 

Sob sua direção, Dietrich se tornou uma mestre da auto expressão e do controle de sua própria imagem, algo raro para as atrizes da época.

Marlene Dietrich – A Versatilidade de Dietrich

Embora conhecida principalmente por seus papéis de femme fatale, Dietrich demonstrou uma versatilidade impressionante ao longo de sua carreira. 

Ela atuou em uma variedade de gêneros, incluindo comédia, drama e musical. Filmes como “A Mulher Satânica” (1935) e “Destry Rides Again” (1939) mostraram sua habilidade de se reinventar e adaptar a diferentes estilos de atuação.

Em “Destry Rides Again”, Dietrich interpretou a personagem Frenchy, uma cantora de saloon em um faroeste cômico ao lado de James Stewart. 

Este papel foi um afastamento significativo de seus papéis anteriores, mas demonstrou sua capacidade de conquistar o público com sua presença carismática e talento cômico.

Marlene Dietrich – O Envolvimento na Segunda Guerra Mundial

Durante a Segunda Guerra Mundial, Marlene Dietrich se destacou não apenas como atriz, mas também como uma figura de resistência contra o nazismo. Apesar de ter sido cortejada por Joseph Goebbels para se tornar a principal estrela do cinema nazista, ela recusou as ofertas e optou por se tornar cidadã americana em 1939.

Dietrich se envolveu ativamente no esforço de guerra dos Aliados. Ela se apresentou para as tropas na linha de frente, participou de transmissões de rádio anti-nazistas e ajudou a arrecadar fundos para a guerra. 

Seu trabalho incansável lhe rendeu a Medalha da Liberdade dos Estados Unidos e a Légion d’Honneur da França. Sua coragem e convicção fizeram dela uma heroína não apenas na tela, mas também na vida real.

Marlene Dietrich – A Vida Pessoal de Dietrich

A vida pessoal de Marlene Dietrich foi tão fascinante quanto sua carreira profissional. Ela foi conhecida por sua independência e por desafiar as normas sociais de seu tempo. 

Dietrich teve uma série de relacionamentos, tanto com homens quanto com mulheres, e nunca escondeu sua bissexualidade, algo extraordinário para uma figura pública da época.

Seu casamento com Rudolf Sieber, com quem teve uma filha, Maria Riva, foi mais uma parceria de conveniência do que um relacionamento convencional. Dietrich e Sieber permaneceram casados até a morte dele, mas viveram vidas separadas na maior parte do tempo. 

Maria Riva posteriormente escreveu uma biografia detalhada sobre sua mãe, oferecendo um vislumbre íntimo de sua vida e personalidade complexas.

O Legado de Marlene Dietrich

Marlene Dietrich se aposentou da atuação no final dos anos 1970, mas sua influência no cinema e na cultura popular continua a ser sentida até hoje. 

Ela foi pioneira em muitos aspectos, desde sua imagem de femme fatale até sua atitude destemida em relação à sexualidade e política. Sua capacidade de se reinventar constantemente e de desafiar as expectativas sociais a tornou uma figura revolucionária.

Dietrich faleceu em 6 de maio de 1992, em Paris, onde viveu seus últimos anos em reclusão. Seu funeral foi um evento grandioso, com a presença de personalidades do mundo do cinema e da cultura. 

Ela foi enterrada em Berlim, sua cidade natal, encerrando um ciclo que começou na capital alemã e se expandiu para o mundo inteiro.

Conclusão

Marlene Dietrich foi mais do que uma estrela de cinema; ela foi um ícone cultural que desafiou e redefiniu o papel das mulheres na sociedade e na indústria cinematográfica. 

Sua jornada de Berlim a Hollywood é um testemunho de sua coragem, talento e visão. Através de seus filmes, performances ao vivo e ativismo, Dietrich deixou um legado indelével que continua a inspirar gerações.

Sua vida e carreira são um lembrete do poder da individualidade e da importância de permanecer fiel a si mesmo, independentemente das pressões externas. 

Marlene Dietrich não só encantou o mundo com sua beleza e talento, mas também nos ensinou lições valiosas sobre resistência, autenticidade e a busca incessante pela verdade.

Marlene Dietrich

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