O Castelo de Eltz, construído há mais de 850 anos pela família Eltz, é um castelo medieval de conto de fadas cercado por densas florestas. O castelo está localizado nas proximidades do rio Mosel, em um cenário maravilhoso.
Ele é um dos castelos mais bonitos da Alemanha. Bem preservado, foi a única construção na região que nunca foi capturada ou destruída, tendo sobrevivido intacto às guerras dos séculos XVII e XVIII, e ao domínio francês sobre o Reno, entre 1794 e 1815. Nele podemos experimentar a Idade Média e a natureza em sua forma mais pura.
O castelo ainda pertence aos Eltz. Hoje a Condessa e o Conde Eltz, descendentes da mesma família que aqui viveu no século XII – há mais de 30 gerações – vivem aqui e fazem de tudo para preservar sua casa ancestral.
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Curiosidades sobre o Castelo: como parte da série de castelos (1977 a 1982), foi emitido um selo postal com o Castelo de Eltz. 40 Pfennig (moeda alemã produzida na Idade Média e utilizada de 1924 a 1948, quando foi substituída pelo marco alemão) correspondia ao valor postal da época.
De 1961 a 1995, o Castelo Eltz decorou o verso da antiga no nota de 500 marcos alemães.
Castelo de Eltz História
Sobre o Castelo de Eltz: há aproximadamente mil anos, a família Eltz construiu uma morada neste lugar, sobre um rochedo, rodeado pelo rio Elz. O bosque à sua volta era uma rica fonte de alimentos e recursos naturais, e de sua elevada posição a família Eltz controlava uma importante rota comercial desde os tempos medievais.
Com o passar do tempo, três ramos distintos da família Eltz construíram suas moradas no castelo. Hoje em dia o castelo de Eltz é propriedade do Conde Karl, do ramo Leão de Ouro da família, que detém a propriedade do complexo desde 1815.
Apesar de muitas guerras que tiveram lugar nessa região, o castelo de Eltz sobreviveu intacto. Isto não se deve ao fato de o castelo ser distante ou de difícil acesso, mas sim às relações políticas e sociais da família Eltz. Não importava qual era o exército na região, a família conseguia usar sua influência para assegurar a sua proteção.
Castelo de Eltz Família
O nome Eltz foi mencionado pela primeira vez em 1157, em uma escritura de doação de Friedrich Barbarossa. Nele, um “Rudolfus de Elze” é listado como testemunha.
A primeira divisão tribal dos Senhores de Eltz ocorreu antes de 1268 sob os irmãos Elias, Wilhelm e Theoderich. Eles dividiram o castelo e suas propriedades entre suas três famílias:
- Eltz do Leão de Ouro (Eltz vom goldenen Löwen) – Kempenich
- Eltz do Leão de Prata (Eltz vom silbernen Löwen) – Rübenach
- Eltz dos Chifres de Búfalo Eltz-Rodendorf (Eltz von den Büffelhörnern) – Rodendorf
Os acréscimos de nomes a essas linhas principais foram derivados das esposas dos três irmãos que vieram do Castelo de Kempenich, Rübenach e Rodendorf.
A partir de então, suas famílias formaram um acordo (os seus direitos e deveres, assim como as modalidades de administração e manutenção do castelo). Todas as três linhas construíram suas próprias torres residenciais no castelo, que ainda levam seus nomes hoje.
Em 1815, o Barão von Eltz-Rübenach vendeu sua parte do castelo da família para a linha principal de condes e nobres de e para Eltz, chamada Fausto von Stromberg (Eltz-Kempenich). Isso já havia assumido a parte da extinta linha Eltz-Rodendorf e, portanto, agora é propriedade exclusiva do castelo.
Castelo de Eltz Interior
Casa Rubenach | Castelo de Eltz (Burg Eltz): concluída em 1472 por Wilhelm von Eltz e sua esposa Katarina, a casa Rubenach tem oito andares.
- No salão de entrada da casa Rubenach, veremos uma coleção de armas com armaduras e capacetes dos séculos XV e XVI. Há alguns exemplos da forma mais antiga de armas de fogo (conhecida como arcabuz) e um conjunto de dardos em forma de flecha, usados quando o castelo de Eltz (Burg Eltz) esteve sitiado, em 1333.
- No salão inferior da Casa Rubenach, as paredes estavam cobertas de tapeçarias flamencas do século XIX, que mostram animais exóticos. As janelas foram substituídas no século XIX, em conformidade com o estilo do início do século XV. O salão está cheio de pinturas interessantes, feitas sobre carvalho. O quadro da Virgem e o Menino com uvas, que está sobre a cômoda é uma obra de Lucas Cranach, o Velho, um dos mais famoso artistas do século XVI. Entre as janelas está um quadro da Crucificação (Colônia, 1495), onde veremos um cavaleiro em cuja coxa se vê uma pequena coroa, com a inscrição “Elz”.
- O salão superior, foi, durante muitos séculos, o principal quarto do Castelo de Eltz (Burg Eltz). A cama magnífica, erguida sobre vários degraus e rodeada por cortinas como proteção das correntes de ar, foi feita em 1520. A grande chaminé ainda deixa o quarto aquecido e agradável no inverno. Os murais do século XV e o teto pintado refletem a influência oriental que se propagou por toda a Europa depois das Cruzadas. Seu excelente estado de conservação se deve ao fato de que foram caiados no século XVI e não foram redescobertos durante cerca de 300 anos.
Casa Rodendorf | Castelo de Eltz (Burg Eltz): tem dez andares.
- A Sala dos Eleitores: os eleitores, altamente influentes, eram os sete príncipes alemães (três dos quais eram também homens do clero, os arcebispos de Mainz, Trier, e Colônia. Eles tinham o direito de eleger o Imperador do Império Sacro Romano, que também se tornaria o rei da Alemanha. Dois membros da família Eltz ocuparam esta posição: Jakob III, arcebispo de Trier e Philip Karl, arcebispo de Mainz.
- A tapeçaria na parede do Castelo de Eltz ((Burg Eltz): é obra dos irmãos van der Brueggen de Bruxelas, no fim do século XVII. Ela retrata o deus sol, Hélio, jantando com sua irmã, a deusa lua, Selene. Outras peculiaridades notáveis deste salão são os cofres, com suas intrincadas trancas, e os canhões em miniatura, que eram modelos de exibição produzidos para possíveis compradores.
- O Grande Salão: era o salão de conselho da família Eltz, e é o maior salão do complexo do castelo. A máscara do bobo, indica que todos os que estavam neste salão tinham total liberdade de expressão.
- A rosa (o símbolo do silêncio): indica que nada que fosse dito no conselho poderia ser repetido fora do salão.
- O salão das condessas: esta sala tem esse nome em homenagem às jovens do século XVIII, cujos retratos estão na parede. É um dos muitos quartos do castelo. A cama (de 1525) é uma verdadeira raridade muitos poucos exemplares de móveis desta época sobreviveram. É a mais antiga cama pintada da Renascença de toda a Alemanha.
- O Salão da Bandeira: embora não se conheça a função original desta sala – poderia ter sido planejada para ser uma capela durante séculos foi um salão de banquetes. O grande destaque é a admirável abóbada. A cerâmica do piso decorado foi feita em 1490. A estufa de várias cores é uma cópia do século XIX de um original de Nuremberg, do século XVI, com a diferença de que os escudos de armas foram adaptados ao novo proprietário. O relógio é do século XVI.
- A cozinha Rodendorf: cada uma das casas no Castelo Eltz (Burg Eltz) tem a sua própria cozinha. A cozinha que podemos visitar, está praticamente da mesma maneira como estava há 500 anos. A grande chaminé era usada para defumar a carne suspensa do teto. A maior parte dos alimentos ficavam pendurados no teto, para ficar fora do alcance de roedores. O forno de pão é feito pedra vulcânica. Ele era aceso com madeira e, quando as pedras estivessem suficientemente quentes, as cinzas eram removidas, e a massa de pão era colocada diretamente sobre as pedras.
- Capela: Na janela saliente que se projeta da torre há uma pequena capela dedicada à Virgem Maria. Ela foi colocada em uma janela saliente porque a igreja proibia que se vivesse em quartos acima de um altar.
- Banheiro anexo ao quarto, é um dos 20 banheiros do castelo. O painel de madeira foi instalado no século XIX, mas o quarto propriamente dito é do século XV. A descarga dos vasos sanitários era feita com água da chuva, coletada do telhado por um duto, que a conduzia até o vale abaixo. (na Idade Média, se usava feno e folhas de repolho como papel higiênico).
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